| por pensar que era unica dona do jardim.|
(Ela inteiramente ja havia roubado a Rosa de outros lugares e acreditava ser unica dona).
Há tantos jardins e rosas
Tantas prosas.
Mas sua obsessão por rosas
É sem fim.
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Vinhos,versos e veias |Covil Digital de uma vampira Insone....
| por pensar que era unica dona do jardim.|
(Ela inteiramente ja havia roubado a Rosa de outros lugares e acreditava ser unica dona).
Há tantos jardins e rosas
Tantas prosas.
Mas sua obsessão por rosas
É sem fim.
... suplemento de passagens secretas.
Sou teu delirio,teu sonho
Toque seus labios em minha nuca
Ou esqueça -me em teus sonhos.
Tenho um amigo lobo,
um eremita das florestas,
morador de uma morada solitária,
engolida pelo abraço da natureza.
É uma alma silente,
que degusta o néctar rubro do vinho,
e deixa seu uivo cortar o véu da noite,
uma oferenda à lua cheia.
Meu amigo lobo,
carrega a alma despida,
transparente como o cristal.
Mas por que tanto exílio?
Olha o arrebol tingir o firmamento,
com lágrimas que escorrem do ontem.
O presente é um eco distante,
esquecido nos confins do agora.
Ele coleciona retratos desbotados,
vestígios de lobas que partiram,
fugiram para estados além,
deixando rastros na memória.
O amor, uma dor cravada no peito,
não conhece epílogo.
Como um devoto do sofrimento,
ele se desfaz, gota a gota,
alimentando-se de lembranças.
Um canceriano, prisioneiro da sina,
que abraça o espinho da saudade,
e dança na chuva das suas próprias lágrimas.
Sonhei com ovelhas de cor bordô,
rebordosa estava eu, inquieta.Asas no vazio
no quadrado do silêncio,
as sombras dançam.
asas negras,
pousos incertos,
se arriscam no branco.
folhas fixas,
movimento que não vem.
voam os olhos,
não os pés.
morcegos em versos,
silhuetas cortam o espaço.
um susto de tinta
no meio do acaso.
preto no branco,
formas em fuga.
quem vê?
quem fica?
sombras planam
sem barulho.
o escuro é pausa,
o claro espera.
asas no vazio
emolduram a quimera.
Atormentam os pesadelos
Nas sombras, incessantemente.
Suas asas batem,
Refletindo a solidão.
Seus dentes no meu pescoço
Sugam a energia da multidão.
Morcegos me assombram
Em meus pesadelos:
Debaixo da cama,
Dentro do espelho.
Me vejo desnuda,
Com asas de morcego,
Olhando o reflexo
Em puro desespero.
As sombras me envolvem,
O espelho se parte.
Sou fragmento e vazio,
Sou caos que arde.
As asas, agora minhas,
Rasgam o véu da razão.
Um grito ecoa ao longe,
Perdido na escuridão.
Morcegos me assombram,
Mas já não fujo do medo.
Na dança das trevas,
Aceito meu segredo
O Natal está morto,
O brilho se apagou,
As casas agora se preocupam
Com a conta de luz, que não perdoou.
As ruas estão vazias,
Sem passos a ecoar,
Os fogos não riscam o céu,
E o silêncio vem para reinar.
Familiares que brigam,
Palavras cortantes no ar,
Onde antes havia união,
Agora o ódio parece reinar.
As árvores, sem ornamentos,
São sombras de um tempo ido,
O espírito se perdeu,
Em um mundo atribulado e perdido.
E o Natal, que antes brilhava,
Hoje se esconde no passado,
Deixando atrás apenas
O vazio do que foi sonhado.
Lara tava ali no centro da cidade, quase amanhecendo, e finalmente encontrou o que tanto procurava: uma escova de dentes velha, largada num beco sujo. Era uma escova usada, claro, e qualquer um acharia aquilo nojento, mas pra ela tinha um significado: era a chave pra fingir que era uma pessoa normal.
Ela pegou a escova com cuidado, o frio do metal lhe dando aquele arrepio esquisito, lembrando-a de que nem calor conseguia mais sentir. Foi quando um corvo pousou na janela de um prédio e ficou encarando. Ela riu de canto, achando engraçado como até os bichos pareciam perceber a fome que ela tentava segurar.
A necessidade de sangue apertava no peito como se tivesse uma fera presa dentro dela, louca pra sair. A fome tava a ponto de explodir, e ela sabia que não ia segurar muito mais. Mas não podia se dar ao luxo de perder o controle, não agora, não ali. Precisava esperar a cidade acordar, ver as ruas cheias de gente distraída, sem ideia do que andava entre elas.
Ela passou a língua pelos dentes, sentindo os caninos crescerem de leve. Mas segurou firme a escova, lembrando o que os mais velhos ensinaram: "Disfarça, disfarça até o fim." Colocou a escova no bolso do casaco, uma lembrança do que devia fazer.
Com o sol começando a espreitar e os humanos saindo pelas esquinas, o cheiro de sangue fresco invadindo o ar, ela respirou fundo — um hábito que há muito não tinha sentido — e se misturou na multidão. Por enquanto, o disfarce segurava, e a fome, embora latente, ainda estava sob controle...
Em uma pequena cidade, onde a neve caía suavemente sobre as casas decoradas com luzes cintilantes, algo sombrio se escondia nas sombras da noite. Ela observava da janela de sua mansão isolada, o vento frio batendo contra as vidraças, como se quisesse invadir aquele lugar tão distante das festividades.
Seraphina, uma vampira que tinha vivido por séculos, sentia uma estranha sensação de nostalgia a cada Natal que passava. Ela nunca poderia mais participar das celebrações, seus olhos vermelhos queimando com uma saudade que ela preferia ignorar. O Natal era para os vivos, para aqueles que ainda podiam sentir a alegria das reuniões familiares e os sorrisos compartilhados ao redor da árvore.
Mas ela... ela já não se importava mais. O sangue que corria em suas veias há tanto tempo era mais frio que qualquer inverno, e as tradições de Natal, com suas promessas de renovação e esperança, estavam além de sua compreensão.
Naquela noite, porém, algo mudou. Seraphina se viu caminhar até a porta da mansão, atraída por uma sensação inexplicável. Algo na cidade a chamava, algo que ela não podia explicar, uma sensação de calor humano que se misturava com o cheiro da neve fresca.
Ao sair para as ruas, ela viu a cidade iluminada, as luzes coloridas refletindo nas fachadas das casas e as risadas distantes dos que se reuniam em celebrações. O perfume doce das sobremesas natalinas preenchia o ar, mas Seraphina não se aproximava de ninguém. Ela sabia o que isso significava. Ela sempre soubera.
Mas naquela noite, algo a fez se aproximar da praça central, onde uma árvore de Natal majestosa se erguia, decorada com enfeites dourados e vermelhos. Havia uma pequena banca, onde as crianças se reuniam ao redor de um homem vestido de vermelho, que distribuía presentes. Ela observou por um tempo, sua visão aguçada distinguindo a felicidade nos rostos das crianças, os sorrisos radiantes que ela nunca mais experimentaria.
Um dos meninos, com os olhos curiosos, olhou para ela. Seus olhos eram brilhantes, puros, inocentes. Ele sorriu, achando-a apenas uma figura solitária na noite fria, como tantas outras. Mas, ao contrário de todos os outros, ele não sentia medo. Talvez porque, no fundo, ele soubesse que ela era algo diferente.
"Você também está sozinha?" ele perguntou, sem saber o que realmente significava a pergunta.
Seraphina olhou para ele, sentindo uma estranha emoção invadir seu peito. Ela estava sozinha há tanto tempo que já não sabia o que fazer com a solidão que lhe tomava a alma. A pergunta simples, mas carregada de uma empatia pura, fez sua visão turvar-se por um momento.
"Sim," ela respondeu, sua voz suave como o vento. "Estou sozinha."
O menino se afastou por um momento, pegando um presente da caixa ao lado do bom velhinho e estendendo-o para ela.
"Talvez isso possa te ajudar a não se sentir tão sozinha," ele disse, com a sinceridade de quem ainda acredita nas coisas boas da vida.
Seraphina olhou para o pequeno presente, a dor da solidão apertando seu coração milenar. Ela poderia tomar o presente, mas sabia que não havia mais o que lhe alegrasse. Ela sabia que, para ela, o Natal jamais seria o mesmo. E, no entanto, pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu um fragmento de algo... algo muito parecido com a esperança.
O menino sorriu para ela, e Seraphina se afastou na noite fria, com o presente ainda em suas mãos. Talvez, naquela noite, ela tivesse encontrado algo mais precioso do que o sangue que sempre procurou. Algo que ela jamais esperaria encontrar: um lembrete de que, mesmo para uma vampira, o Natal podia, por um instante, trazer a luz de volta.
#vampiros #contos
olá leitores humanos!
sua curiosidade é insana mesmo!!! em breve novos projetos !!!
1 ano de terapia aqui estou eu ativa neste blog ! agora com menos dor na alma com novas ideias!
que poderão apreciar em breve!
Sinto teus lábios em meu pescoço
um perfume de morto,
tua voz aveludada,
um vampiro à minha espreita.
Leva-me em tua dança,
em meu quarto onde eu lamentava,
olhando para a lua,
esperando tua chegada.
Vampiro, meu amado,
tua sombra em meus sonhos.
Lembro-me do teu sorriso...
Por que não me mordeste?
Por que me abandonaste?
Tenho te esperado, meu amado,
na noite sem fim, onde o tempo não passa,
onde meu coração clama pelo teu.
L.A.Schlei
A verdade é um jogo, e a justiça, uma mercadoria,
Homens e mulheres de papel, dobráveis aos ventos dominantes,
Vendem sentenças ao melhor licitante, sorrateiramente.
Eles arranham o céu com torres de papel e tinta,
Construindo fortalezas sobre fundações de miséria,
E cada decisão, um eco distorcido dos desejos de seus senhores,
Que escondem, nas sombras, suas verdadeiras face...
No jardim da solidão, onde as sombras dançam,
Flores vazias, em seu triste semblante,
Pétalas negras, gotas de pranto,
Em cada caule, um lamento constante.
Sem perfume, sem vida, murchas e frias,
Testemunhas mudas de desespero e agonia,
Em seus cálices vazios, segredos sombrios,
Ecoam os suspiros de dias sombrios.
Nas madrugadas silenciosas, seu lamento ecoa,
Entre os túmulos, onde a morte passeia à toa,
Flores vazias, símbolos de uma alma em dor,
Na névoa da noite, clamam por um amor.
L.a.s
Era o Rosto Assombroso, uma figura lendária que assolava os pesadelos dos habitantes da cidade. Dizia-se que ele era um ser amaldiçoado, preso entre o mundo dos vivos e dos mortos, condenado a vagar eternamente pelas ruas escuras.
Alguns o viam como um fantasma vingativo, outros como um demônio em busca de almas perdidas. Mas todos concordavam em uma coisa: o Rosto Assombroso era uma criatura terrível que trazia consigo o medo e a morte.
Eu o vi pela primeira vez quando voltava para casa tarde da noite. As ruas estavam vazias, apenas o vento frio uivava entre os becos escuros. De repente, meus olhos se fixaram na figura pálida sob a luz do lampião.
Seu sorriso sinistro me paralisou de medo. Senti meu coração bater forte no peito, enquanto uma onda de calafrios percorria meu corpo. O Rosto Assombroso me encarava com seus olhos penetrantes, como se estivesse lendo minha alma.
Tentei me mover, mas meus pés estavam presos ao chão. A única coisa que pude fazer foi ficar ali, paralisado de terror, enquanto o Rosto Assombroso se aproximava lentamente.
Ele chegou tão perto que pude sentir o frio emanando de sua pele. Seu sorriso sinistro se ampliou, revelando dentes afiados como facas. Fechei os olhos, esperando o pior.
Mas, em vez de me atacar, o Rosto Assombroso simplesmente sussurrou em meu ouvido: "Não tenha medo."
Sua voz era grave e rouca, mas havia algo de gentil em suas palavras. Abri os olhos e o vi me encarando com uma expressão de compaixão.
"Eu não vim para te machucar", ele disse. "Vim para te ajudar."
Eu não sabia o que dizer. A figura que sempre me causara tanto medo agora estava me oferecendo ajuda.
"Como você pode me ajudar?", perguntei, ainda hesitante.
"Eu posso te mostrar o caminho", ele respondeu. "O caminho para a verdade."
Naquele momento, algo dentro de mim mudou. Senti uma confiança que nunca havia sentido antes.
"Estou pronto", disse eu.
O Rosto Assombroso sorriu. "Então vamos", ele disse.
E assim, ele me guiou pelas ruas escuras da cidade, em direção a um destino que eu desconhecia. Mas, por alguma razão, eu sabia que estava no caminho certo.
autor :
Luciana A.Schlei
O aroma de sangue fresco era irresistível. Hoje, após o colégio, meus pés me guiaram à sociedade vampírica. Lá encontrei Hera e Salin, entretidos com uma taça de ouro herdada pelo avô de Hera.
Aproveitando um descuido, fui até a casa de Hera, movida pela curiosidade. Entrei pela porta dos fundos e meus olhos se fixaram na taça, agora sobre a mesa. Ao lado, uma garrafa térmica continha sangue quente e fumegante.
A tentação era grande demais. Servi-me na taça dourada, degustando o líquido vermelho que deslizava pela minha garganta. Era uma explosão de sabor inigualável.
De repente, Lucy Lee me encarava com fúria. "Parabéns, você conseguiu o que queria," ela disse com sarcasmo. "Sua mortal idiota, não leu as leis? Você vai pagar por isso!"
Hera, que havia chegado nesse momento, perguntou o que estava acontecendo. Lucy, com um sorriso cruel, apontou para a taça vazia. "Olha só o que ela fez com sua herança! Tomou o seu 'Chá da Tarde'!"
O terror me dominou. Corri para a porta dos fundos, mas Salin me interceptou. "Onde pensa que vai?", ele perguntou com frieza.
Fui cercada por todos. Salin se virou para Lucy, buscando sua orientação. "Alteza, o que devemos fazer com esta mortal?", ele perguntou com deferência.
"Leve-a para a floresta sombria," ela ordenou com um tom gélido.
"E se eu me recusar?", questionei, tentando manter a calma. "Se fizerem qualquer coisa comigo, todos saberão da sua existência. Hera e Salin não são nada além de mortais, como eu!"
Um silêncio pesado se instalou na sala. Lucy avançou e me empurrou com força, fazendo-me cair no chão. Ela se inclinou, seus olhos próximos aos meus. "Você acha que pode desafiar a ordem? Olha para você, uma garotinha tola. Você nunca mereceu o sangue de nenhum ser vivo. Vai pagar caro por sua ousadia!"
Encarei-a com firmeza. "Por que Hera e Salin podem tomar sangue?", questionei, desafiando sua autoridade.
"Porque eles são...", começou Lucy, antes de ser interrompida por Salin.
"Com licença, Alteza," ele disse, segurando meu pescoço com força brutal. Me jogou contra a parede com violência, e tudo começou a escurecer.
Quando abri os olhos, me vi em um manicômio. Paredes brancas, pessoas vestidas de branco, uma camisa de força que prendia meus movimentos. O que tinha acontecido? A Alteza me colocou em um manicômio?
A enfermeira se aproximou, com um sorriso artificial no rosto. "Calma, querida," ela disse com voz suave. "Você logo vai sarar e sair daqui."
Então ela tirou a máscara, revelando o rosto cruel de Lucy Lee.
"Isso se eu permitir," ela disse com um sorriso sinistro. "Há, há, há! Já está na hora da injeção!"
Gritei em desespero, mas meus esforços foram em vão. A escuridão me consumiu novamente, me aprisionando em um mundo de loucura e incerteza.
Fim