3 Conto da Vampira

quinta-feira, 2 de maio de 2024

O Tribunal dos Corvos

 

 No tribunal onde corvos presidem, vestidos de toga,

A verdade é um jogo, e a justiça, uma mercadoria,
Homens e mulheres de papel, dobráveis aos ventos dominantes,
Vendem sentenças ao melhor licitante, sorrateiramente.

Eles arranham o céu com torres de papel e tinta,
Construindo fortalezas sobre fundações de miséria,
E cada decisão, um eco distorcido dos desejos de seus senhores,
Que escondem, nas sombras, suas verdadeiras face...

quarta-feira, 27 de março de 2024



                                               me assombro

sorrio,lamento

nada a temer

gritos no vazio da alma

fantasmas que assombram a mente

tão descontente

alma escura ,solitária.

quinta-feira, 14 de março de 2024

Flores Vazias

 No jardim da solidão, onde as sombras dançam,

Flores vazias, em seu triste semblante,

Pétalas negras, gotas de pranto,

Em cada caule, um lamento constante.


Sem perfume, sem vida, murchas e frias,

Testemunhas mudas de desespero e agonia,

Em seus cálices vazios, segredos sombrios,

Ecoam os suspiros de dias sombrios.


Nas madrugadas silenciosas, seu lamento ecoa,

Entre os túmulos, onde a morte passeia à toa,

Flores vazias, símbolos de uma alma em dor,

Na névoa da noite, clamam por um amor.


L.a.s





domingo, 10 de março de 2024

O Rosto Assombroso (revisado e corrigido)


 A noite era um manto negro que sufocava a cidade, lançando-a em um abismo de silêncio e sombras. Em meio à escuridão, um único ponto de luz emanava de um lampião solitário na rua deserta. Debaixo da luz fraca, um rosto se destacava: pálido, com olheiras profundas e um sorriso sinistro que gelava a alma.

Era o Rosto Assombroso, uma figura lendária que assolava os pesadelos dos habitantes da cidade. Dizia-se que ele era um ser amaldiçoado, preso entre o mundo dos vivos e dos mortos, condenado a vagar eternamente pelas ruas escuras.

Alguns o viam como um fantasma vingativo, outros como um demônio em busca de almas perdidas. Mas todos concordavam em uma coisa: o Rosto Assombroso era uma criatura terrível que trazia consigo o medo e a morte.

Eu o vi pela primeira vez quando voltava para casa tarde da noite. As ruas estavam vazias, apenas o vento frio uivava entre os becos escuros. De repente, meus olhos se fixaram na figura pálida sob a luz do lampião.

Seu sorriso sinistro me paralisou de medo. Senti meu coração bater forte no peito, enquanto uma onda de calafrios percorria meu corpo. O Rosto Assombroso me encarava com seus olhos penetrantes, como se estivesse lendo minha alma.

Tentei me mover, mas meus pés estavam presos ao chão. A única coisa que pude fazer foi ficar ali, paralisado de terror, enquanto o Rosto Assombroso se aproximava lentamente.

Ele chegou tão perto que pude sentir o frio emanando de sua pele. Seu sorriso sinistro se ampliou, revelando dentes afiados como facas. Fechei os olhos, esperando o pior.

Mas, em vez de me atacar, o Rosto Assombroso simplesmente sussurrou em meu ouvido: "Não tenha medo."

Sua voz era grave e rouca, mas havia algo de gentil em suas palavras. Abri os olhos e o vi me encarando com uma expressão de compaixão.

"Eu não vim para te machucar", ele disse. "Vim para te ajudar."

Eu não sabia o que dizer. A figura que sempre me causara tanto medo agora estava me oferecendo ajuda.

"Como você pode me ajudar?", perguntei, ainda hesitante.

"Eu posso te mostrar o caminho", ele respondeu. "O caminho para a verdade."

Naquele momento, algo dentro de mim mudou. Senti uma confiança que nunca havia sentido antes.

"Estou pronto", disse eu.

O Rosto Assombroso sorriu. "Então vamos", ele disse.

E assim, ele me guiou pelas ruas escuras da cidade, em direção a um destino que eu desconhecia. Mas, por alguma razão, eu sabia que estava no caminho certo.

autor :

Luciana A.Schlei 

Sangue de pato na taça de ouro (revisado)

A Taça Proibida e a Traição




O aroma de sangue fresco era irresistível. Hoje, após o colégio, meus pés me guiaram à sociedade vampírica. Lá encontrei Hera e Salin, entretidos com uma taça de ouro herdada pelo avô de Hera.

Aproveitando um descuido, fui até a casa de Hera, movida pela curiosidade. Entrei pela porta dos fundos e meus olhos se fixaram na taça, agora sobre a mesa. Ao lado, uma garrafa térmica continha sangue quente e fumegante.

A tentação era grande demais. Servi-me na taça dourada, degustando o líquido vermelho que deslizava pela minha garganta. Era uma explosão de sabor inigualável.

De repente, Lucy Lee me encarava com fúria. "Parabéns, você conseguiu o que queria," ela disse com sarcasmo. "Sua mortal idiota, não leu as leis? Você vai pagar por isso!"

Hera, que havia chegado nesse momento, perguntou o que estava acontecendo. Lucy, com um sorriso cruel, apontou para a taça vazia. "Olha só o que ela fez com sua herança! Tomou o seu 'Chá da Tarde'!"

O terror me dominou. Corri para a porta dos fundos, mas Salin me interceptou. "Onde pensa que vai?", ele perguntou com frieza.

Fui cercada por todos. Salin se virou para Lucy, buscando sua orientação. "Alteza, o que devemos fazer com esta mortal?", ele perguntou com deferência.

"Leve-a para a floresta sombria," ela ordenou com um tom gélido.

"E se eu me recusar?", questionei, tentando manter a calma. "Se fizerem qualquer coisa comigo, todos saberão da sua existência. Hera e Salin não são nada além de mortais, como eu!"

Um silêncio pesado se instalou na sala. Lucy avançou e me empurrou com força, fazendo-me cair no chão. Ela se inclinou, seus olhos próximos aos meus. "Você acha que pode desafiar a ordem? Olha para você, uma garotinha tola. Você nunca mereceu o sangue de nenhum ser vivo. Vai pagar caro por sua ousadia!"

Encarei-a com firmeza. "Por que Hera e Salin podem tomar sangue?", questionei, desafiando sua autoridade.

"Porque eles são...", começou Lucy, antes de ser interrompida por Salin.

"Com licença, Alteza," ele disse, segurando meu pescoço com força brutal. Me jogou contra a parede com violência, e tudo começou a escurecer.

Quando abri os olhos, me vi em um manicômio. Paredes brancas, pessoas vestidas de branco, uma camisa de força que prendia meus movimentos. O que tinha acontecido? A Alteza me colocou em um manicômio?

A enfermeira se aproximou, com um sorriso artificial no rosto. "Calma, querida," ela disse com voz suave. "Você logo vai sarar e sair daqui."

Então ela tirou a máscara, revelando o rosto cruel de Lucy Lee.

"Isso se eu permitir," ela disse com um sorriso sinistro. "Há, há, há! Já está na hora da injeção!"

Gritei em desespero, mas meus esforços foram em vão. A escuridão me consumiu novamente, me aprisionando em um mundo de loucura e incerteza.

Fim

 

Presente


Um relato de uma menina de 8 anos sobre o Natal
por Adriano Siqueira


Como sempre a minha familia se reunia na sala, perto da arvore, e trazia comigo sempre meu ursinho Medley pra ver a festa!
Mas papai não vinha...e eu estava aflita esperando sua chegada para destribuir os presentes, para todos, como ele sempre fazia desde que nasci!
Mamãe sempre preparava os mesmos doces, meu irmãozinho sempre ficava perto da porta, ( Ele que recebia papai que sempre se dirfarçava de Papai Noel) falava sempre que eu era muito pequena para abrir a porta!
Onde ele está? será que o shopping está cheio?
Uma vez ele chegou 2 horas da manhã porque uma loja estava lotada!
Claro que eu sabia que Papai Noel não existia! Meus amigos da escola já tinham me dito isso! Mas eu gostava de ver papai disfarçado! Era mágico, ele sempre agradava a gente! Alem disso eu era a caçula! Eu sempre ganhava os melhores presentes!
Olha !! Era ele! Eu vi o chapéu do Papai Noel pela janela!
Ele bateu na porta e meu irmão gritou:
- Pode entrar!
Mas.... ele quebrou a porta? Pegou meu irmão pelo pescoço, apertou e abriu a boca e tomou o sangue dele!
Corri para a arvore de natal e fiquei lá abaixadinha e protegendo meu ursinho que estava morrendo de medo!
Não era meu pai! não podia ser!
Mamãe entrou gritando na sala! Aquele monstro silenciou ela com um gesto de suas mãos ela ajoelhou perto dele e mostrou o pescoço!
Quanto mais ela gritava mais eu abraçava meu ursinho!
Eu vi uma luz da janela! Acho que era ajuda dos vizinhos.. não conseguia ver... um presente caiu perto da arvore e a voz da janela dizia:
- Abra o Presente Agora!
Aquele monstro estava me procurando!
Eu abri a caixa! Era uma cruz! seu brilho era tão forte que ofuscava meus olhos!
Quando Fechei a caixa para que o brilho não me cegasse, o mostro já tinha virado pó!
Papai chegou com a policia e disse que aquele vampiro tinha acabado com a vizinhança inteira!

Fim...



AUTOR ADRIANO SIQUEIRA

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

homenagem a nosso querido amigo vampiro Adriano Siqueira para sempre em nossas memórias:

 

Querido Lord Dri,






Oh, Adriano Siqueira, nosso querido Lord,


Nas asas da noite, voaste para além do horizonte,


Um amigo vampiro, misterioso e eterno,


Teu nome ecoa, uma canção que não se desmonta.


Na tinta das entrelinhas, tua alma se revelou,


Uma honra amada, que o tempo não apagou,


Caçador nas palavras, teu dom era divino,


Entre luz e sombras, tecias o destino.


Com mãos habilidosas, trazias a escuridão,


Na escrita, na poesia, uma eterna criação,


Oh, querido Lord Dri, nosso guia noturno,


Partiste, deixando-nos um sentimento profundo.


Saudades pairam no ar, como névoa a flutuar,


Vampiro de mistérios, em nossos corações a brilhar,


Deixaste um vazio, uma lacuna no peito,


Teu adeus, um eco triste, como um lamento perfeito.


Mas em nossas memórias, tua presença persiste,


Como um conto eterno, que jamais desiste.


Volta para nós, com tua caneta afiada,


Trazendo contos, histórias de madrugada,


Na penumbra da noite, te esperamos ansiosos,


Para reviver em palavras, momentos gloriosos.


Adriano Siqueira, Lord Dri, eternamente lembrado,


Teu legado, como vampiro, é para sempre amado,


Em nossos corações, tua chama não se vai,


Um amigo, um vampiro, para sempre em nós fica.



Luciana Aparecida Schlei

butterfly.

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Vampira Solitária





 Sob a lua pálida, à beira do mar,

Uma vampira solitária começa a contemplar,
Seu coração imortal, perdido no tempo,
Ela anseia por algo, um amor sublime.

As ondas sussurram segredos sombrios,
Enquanto ela observa o oceano, cheio de mistérios,
Uma vida noturna, uma eternidade de dor,
Mas a beleza do mar a mantém no seu ardor.

Ela vaga à noite, uma criatura da escuridão,
Mas o mar a chama com sua canção,
Uma melodia eterna, uma dança sem fim,
A vampira solitária, presa no seu abismo.

A solidão é sua sina, a sede é sua maldição,
Ela anseia por um amor, uma redenção,
Mas no reflexo do mar, ela enxerga a verdade,
A imortalidade vem com um preço de crueldade.

Ela é uma sombra na noite, uma alma condenada,
Enquanto o mar sussurra histórias do passado,
A vampira solitária, perdida na eternidade,
Encontra consolo no mar, sua única amizade.

No reino da noite, ela continuará a vagar,
A vampira solitária, um ser a lamentar,
Mas sob a lua e as estrelas que nunca cessam,
Ela encontra paz no mar, seu refúgio eterno, sublime e impiedoso.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

My heart, a tomb, where love lies still.

 



Os espinhos da rosa, uma coroa cruel.

À meia-noite, encontro consolo na escuridão.
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Na tonalidade do crepúsculo, caminho pela noite.

 Nas sombras contorcidas, encontro consolo.





 Registro meus pensamentos, uma crônica de minha vida eterna.


Com as  criaturas da noite, eu vagueio por estas ruas.

E assim continuo, até o fim dos tempos.