Na noite de sobretudo negro,
Uma alma obscura se aproxima.
Sinto arrepios percorrendo meu pescoço,
Procuro uma saída mas não encontro
Perco-me pelas vielas estreitas,
Cada beco sem saída.
O eco dos meus passos Ressoa no silêncio.
Então vejo: olhos amarelos Brilhando na escuridão.
Seus dentes cravam-se em meu pescoço,
Esta criatura sem alma, Sem rosto.
O sangue escorre quente,
Minha visão se turva.
Sinto a vida escapar
Por entre seus lábios frios.
O mundo se desfaz
Em sombras dançantes.
Minhas pernas cedem,
Caio sobre as pedras úmidas.
E então, o silêncio... Apenas o vento sussurra Meu nome pelas vielas vazias. Agora sou eu Que caminho sem alma, Sem rosto, Procurando na escuridão Outro pescoço Para saciar esta sede Que nunca se apaga.
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