3 Conto da Vampira: Seus Dentes em meu pescoço

Vinhos,versos e veias |Covil Digital de uma vampira Insone....

terça-feira, 15 de julho de 2025

Seus Dentes em meu pescoço

 

Na noite de sobretudo negro, 

Uma alma obscura se aproxima. 

Sinto arrepios percorrendo meu pescoço,

 Procuro uma saída mas não encontro

 Perco-me pelas vielas estreitas, 

Cada beco sem saída. 

O eco dos meus passos Ressoa no silêncio. 

Então vejo: olhos amarelos Brilhando na escuridão. 

Seus dentes cravam-se em meu pescoço,

 Esta criatura sem alma, Sem rosto.

O sangue escorre quente, 

Minha visão se turva. 

Sinto a vida escapar

 Por entre seus lábios frios.

 O mundo se desfaz 

Em sombras dançantes. 

Minhas pernas cedem, 

Caio sobre as pedras úmidas.

E então, o silêncio... Apenas o vento sussurra Meu nome pelas vielas vazias. Agora sou eu Que caminho sem alma, Sem rosto, Procurando na escuridão Outro pescoço Para saciar esta sede Que nunca se apaga.

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