3 Conto da Vampira: outubro 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Fábula: Morcego

Luciana A,Schlei



Era uma vez um morcego que vivia no cemitério ,se sentia triste pois ele gostava muito de falar e não tinha com quem conversar.Falava com as tumbas ,falava com as esculturas angelicais.era tudo tão frio e vazio.Um dia ele começou a achar que ja estava ficando louco,pois tudo o que ele falava o eco  respondia ,e ele dizia:
 _ isto ja está ficando chato,não aguento mais este papo.

então ele voou por uma tumba e outra cansado adormeceu em cima de um vaso,acordou com uma gota que caiu sob seu nariz.olhou para cima e viu uma bela rosa pálida  a lacrimejar.
o morcego disse:
_o que aconteceu ?porque estás tão magoada?

a rosa respondeu:

_Estou abandonada ,logo eu que nasci num lindo jardim,de casais apaixonados ,todos os dias eu era regada ,os raios de sol me tocavam e eu era feliz,mal posso me mover,minhas raizes são presas a um vazo de barro muito pesado.amigo morcego porque estas em silêncio?

_Rosa ,me sentia tão solitário que mal percebia que era livre para voar e conhecer coisas,outros seres terrestres.você esta presa sente falta de seu jardim.mas saiba que agora tens a mim e farei seu mundo o mais belo. falou o morcego.


A rosa sorriu ,e o morcego voou para a entrada do cemitério e lá encontrou um coveiro e pediu para que ele o ajudasse colocando velas em volta da rosa para que ela ficasse quentinha,o coveiro percebendo a amizade dos dois e o sentimento que os afligia,trouxe mais flores e assim passavam todas as noites tagarelando histórias sem fim.


"A solidão não é a amiga quando se tem um amigo do outro lado da escuridão que lhe sorri"






Ao meu anjo eterno L.'. A.'.A.'.

Encontro



Quanto desejo aos teus lábios,desde a adolescência eu te amo.
paixão secreta através das linhas que me levavam até tua alma.
mal sabias da minha existência e quando conheceu-me, tão forte abraçou,
com palavras docês e singelas que fez meu coração bater aceleradamente sem limites, que arrancava um sorriso, que a muitos anos eu não tinha.

Sonhadora admirava as estrelas a tua espera,sentia o vento como tua respiração,
arrepios e um amor tão puro e esperançoso que durou tanto tempo,
sentimento compulsivo ,sentimento que inebriava como vinho.
teus labios ,tuas palavras davam saudades ,
os morcegos que viajavam para o norte e sul.

A rosa vermelha deixastes em cima de meu diário,
dizendo que sempre estaria comigo,quanta saudade.
a caixa de música ,as batidas do teu coração.
os encontros na viela a cada noite de lua negra,
a igreja com velas vermelhas ,tão velha ,e cheia de história,
que lá te conheci.


Perseguição que se transformou em amor.
o amor eterno,a aliança de sangue.
jamais te esquecerei.





Luciana  A.Schlei