domingo, 24 de novembro de 2024

Morcegos me assombram

Morcegos me assombram,
Frutas em minha mente

Atormentam os pesadelos
Nas sombras, incessantemente.

Suas asas batem,
Refletindo a solidão.
Seus dentes no meu pescoço
Sugam a energia da multidão.

Morcegos me assombram
Em meus pesadelos:
Debaixo da cama,
Dentro do espelho.

Me vejo desnuda,
Com asas de morcego,
Olhando o reflexo

Em puro desespero.

As sombras me envolvem,

O espelho se parte.
Sou fragmento e vazio,
Sou caos que arde.

As asas, agora minhas,
Rasgam o véu da razão.
Um grito ecoa ao longe,
Perdido na escuridão.

Morcegos me assombram,
Mas já não fujo do medo.
Na dança das trevas,
Aceito meu segredo

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