3 Conto da Vampira: Sangue de pato na taça de ouro (revisado)

domingo, 10 de março de 2024

Sangue de pato na taça de ouro (revisado)

A Taça Proibida e a Traição




O aroma de sangue fresco era irresistível. Hoje, após o colégio, meus pés me guiaram à sociedade vampírica. Lá encontrei Hera e Salin, entretidos com uma taça de ouro herdada pelo avô de Hera.

Aproveitando um descuido, fui até a casa de Hera, movida pela curiosidade. Entrei pela porta dos fundos e meus olhos se fixaram na taça, agora sobre a mesa. Ao lado, uma garrafa térmica continha sangue quente e fumegante.

A tentação era grande demais. Servi-me na taça dourada, degustando o líquido vermelho que deslizava pela minha garganta. Era uma explosão de sabor inigualável.

De repente, Lucy Lee me encarava com fúria. "Parabéns, você conseguiu o que queria," ela disse com sarcasmo. "Sua mortal idiota, não leu as leis? Você vai pagar por isso!"

Hera, que havia chegado nesse momento, perguntou o que estava acontecendo. Lucy, com um sorriso cruel, apontou para a taça vazia. "Olha só o que ela fez com sua herança! Tomou o seu 'Chá da Tarde'!"

O terror me dominou. Corri para a porta dos fundos, mas Salin me interceptou. "Onde pensa que vai?", ele perguntou com frieza.

Fui cercada por todos. Salin se virou para Lucy, buscando sua orientação. "Alteza, o que devemos fazer com esta mortal?", ele perguntou com deferência.

"Leve-a para a floresta sombria," ela ordenou com um tom gélido.

"E se eu me recusar?", questionei, tentando manter a calma. "Se fizerem qualquer coisa comigo, todos saberão da sua existência. Hera e Salin não são nada além de mortais, como eu!"

Um silêncio pesado se instalou na sala. Lucy avançou e me empurrou com força, fazendo-me cair no chão. Ela se inclinou, seus olhos próximos aos meus. "Você acha que pode desafiar a ordem? Olha para você, uma garotinha tola. Você nunca mereceu o sangue de nenhum ser vivo. Vai pagar caro por sua ousadia!"

Encarei-a com firmeza. "Por que Hera e Salin podem tomar sangue?", questionei, desafiando sua autoridade.

"Porque eles são...", começou Lucy, antes de ser interrompida por Salin.

"Com licença, Alteza," ele disse, segurando meu pescoço com força brutal. Me jogou contra a parede com violência, e tudo começou a escurecer.

Quando abri os olhos, me vi em um manicômio. Paredes brancas, pessoas vestidas de branco, uma camisa de força que prendia meus movimentos. O que tinha acontecido? A Alteza me colocou em um manicômio?

A enfermeira se aproximou, com um sorriso artificial no rosto. "Calma, querida," ela disse com voz suave. "Você logo vai sarar e sair daqui."

Então ela tirou a máscara, revelando o rosto cruel de Lucy Lee.

"Isso se eu permitir," ela disse com um sorriso sinistro. "Há, há, há! Já está na hora da injeção!"

Gritei em desespero, mas meus esforços foram em vão. A escuridão me consumiu novamente, me aprisionando em um mundo de loucura e incerteza.

Fim

 

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